O projeto de extensão “Radiando Comunicação: relações de gênero em pauta e na práxis”, do campus de Tangará da Serra da Universidade do Estado de Mato Grosso, continua com suas ações de 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher.As atividades, coordenadas pela professora Marinês da Rosa, seriam encerradas ontem, 10, quando se celebrou O Dia Internacional dos Direitos Humanos. O grupo, no entanto, recebeu um convite para estender seus trabalhos até amanhã, 12, em algumas cidades do interior do Estado.

A mais recente intervenção foi realizada no dia 9: uma audiência pública sobre Direitos Humanos na Câmara de Vereadores da cidade, em que o grupo tratou de Políticas Públicas para as mulheres no contexto da violência doméstica. O conteúdo da apresentação abrangeu a Convenção Internacional de 1979, que discorre sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres, textos da Constituição Federal do Brasil que asseguram a coibição à violência e a instauração da Lei Maria da Penha. Foram trazidos também dados estatísticos sobre a violência contra a mulher em Tangará da Serra,cidade que registra um Boletim de Ocorrência por dia de mulheres vítimas.

Ao final, foi feita uma discussão sobre a influência das construções estereotipadas das representações do masculino e do feminino na geração da violência contra a mulher e mencionado o caso de uma vítima de Goiânia torturada pelo ex-marido. Participaram da audiência estudantes do curso de Administração em Agronegócios e Letras, que protestaram contra a violência sofrida pela mulher com pinturas de maquiagem simulando os danos físicos das agressões.